CORITIBA FOOT BALL CLUB-COXA



Uma Declaração Alviverde (por um poeta atleticano)


 / Foto: (escaneada por Sérgio Costa Xavier)

Achei lá no blog do Luiz
http://colunas.globoesporte.com/luizcarlos


Estar novamente disputando a Série B me fez ficar nostálgica. Pensando nos tempos de verdadeiras glórias. Quando quem cuidava do Coritiba o fazia direito. 1985.
Acabei achando a matéria da Placar da época, sensacional demais.
(coloquei aqui a melhor parte, acessem o blog do Luiz para ver todas as páginas)
Achei também o jogo completinho na internet. Desde o primeiro minuto, até os penaltis. Vi e me emocionei.


Graças a isso, vou relembrar do passado postando uma parte do poema de Paulo Leminski, escrito no dia primeiro de agosto de 1985:


"Hoje, quinta-feira, 1 de agosto, em Curitiba, o céu amanheceu branco e verde. Os passarinhos só diziam: Lela,Lela, Rafael,Rafael. E no ar pairava um forte cheiro de pólvora de foguete e pó-de-arroz. Nada mais me restava a não ser filosofar: 'Não se pode ganhar sempre'.

E, guiado por meu atrapalhado coração atleticano, fui até o mastro no meu jardim onde tremula o pavilhão rubro-negro e fiz descer a bandeira de meus sonhos. E foi com um misto de pesar e jubilo que pus em seu lugar e hasteei as 
campeoníssimas cores do nosso arquiadversário, hoje, aqui e agora, para sempre Campeão Brasileiro de 1985.

Um demônio (ou um anjo?) vestido de preto e vermelho (um Exu?) me sussurrava, brabo com o Tobi na grande area do Bangu: 'Teu time é tua pátria, traidor. Vendeste a alma por um escanteio, Vira-Casaca.'

(...)

Obrigado Coritiba, por essa alegria. Você esteve à altura do teu destino."


Paulo Leminski