segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Apoio e cobrança na medida certa

Equipe COXAnautas posiciona-se a respeito das dificuldades que marcarão a retorno do Coritiba à disputa da Série B 2010

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Apoiar, cobrar, abandonar, torcer, viajar, afastar, fugir... vários são os verbos conjugados pela torcida Coxa Branca nestes dias de incertezas.

Diante de um momento sem precedentes, o clube do Alto da Glória disputa a segunda divisão do futebol brasileiro, ainda longe do seu reduto, por conta da barbárie de uma minoria.

Mesmo diante de tantas agruras, a história está sendo diariamente escrita por dirigentes, jogadores, comissão técnica e torcedores. A esperança é que, suplantado o momento de provação, o Coritiba renasça fortalecido e consciente do que nunca mais deverá repetir, para evitar a reprise deste trágico filme.

Objetivando buscar um equilíbrio entre os sentimentos, tentando ordenar as idéias para encontrar o caminho necessário para o fortalecimento da instituição Coritiba Foot Ball Club, oferecendo-lhe um suporte para o momento de segregação que experimenta, a equipe do site COXAnautas propõe a reflexão acerca da dualidade existente entre crítica e apoio.

Criticar os dirigentes ou jogadores nem sempre significa diminuir-lhes o valor, da mesma forma que apoiá-los não remonta à ideia de redimi-los de seus erros.

A exata medida existente entre ambos os conceitos pode começar a ser descoberta de forma individual - de torcedor para torcedor, de dirigente para dirigente e de jogador para jogador.

É preciso que cada integrante desta grande engrenagem verde e brancareflita com cautela onde realmente se quer chegar: a Série A do campeonato brasileiro.

Com base neste ponto de partida, que as atitudes individuais se somem e conduzam o clube ao rumo certo.

Nas derrotas, o apoio necessário para 'virar o jogo'. Nas vitórias, a crítica que busque o alerta para o clima de 'já ganhou'.

Dirigentes que busquem cumprir seus mandatos com o máximo de empenho e dedicação ao projeto de reconstrução da imagem vitoriosa do clube. É preciso que assumam seus fracassos, potencializem seus acertos e não transfiram a responsabilidade de gerir o maior clube do futebol paranaense, pelo contrário, a assumam em sua plenitude.

Atletas e comissão técnica precisam cada vez mais acreditar que as partidas são como grandes degraus que, passo a passo, os conduzirão ao patamar do sucesso, da glória. Vestir a camisa coritibana sempre foi e sempre será uma grande responsabilidade. Contudo, nesta árdua temporada, o binômio responsabilidade e gratidão ganham contornos ainda mais dramáticos, pois uma verdadeira nação de torcedores aguarda com ansiedade que seus representantes em campo lhes devolvam a dignidade abruptamente ceifada, pelo o que serão eternamente gratos.

Os torcedores, verdadeiros guerreiros que, independente do frio e da chuva, pegam a estrada para emprestar suas palmas, seus gritos de incentivo e sua invencível vontade de apoiar seu clube do coração onde quer que ele esteja, cumprem papel fundamental nesta luta pelo resgate da honra Alviverde.

Os dirigentes não agradam? O elenco não é o ideal? O número de sócios ou de torcedores que se dispõem a comparecer à Arena Joinville está muito aquém do esperado?

Não importa neste momento se a resposta é afirmativa para estas questões. Em termos práticos, a confirmação destas premissas, em princípio, nada mudará o curso natural dos acontecimentos. Para virar a página e escrever um novo capítulo de sucesso, cada qual precisará contribuir com o que de melhor está ao seu alcance, numa clara demonstração de dedicação e empenho, enfim, fazendo sua parte com o coração.

Uma coisa é certa: se o trabalho, a união, a crença e o apoiosustentarem o Coritiba numa posição próxima aos líderes da competição, enquanto perdurar o cumprimento da pena imposta, ao voltar para casa, de cabeça erguida, ficará muito difícil para os adversários, estejam eles dentro ou fora de campo, impedirem a volta do Coritiba ao seu devido lugar.


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